EU VEJO O MUNDO AO CONTRÁRIO: DE CABEÇA PARA BAIXO

OBSERVE E DESCREVA!

COMO EU OBSERVO?

O ato de observar é a capacidade do ser humano de olhar de perto atentamente, perceber cuidadosamente, examinar um fenômeno da realidade e distinguir um objeto, uma pessoa ou uma situação, por meio do sentido da visão, captando informações sobre o mundo para seu desenvolvimento, crescimento e sobrevivência.

A visão é o sentido que capta o estímulo luminoso e promove a percepção de imagens. O órgão que recebe este estímulo é o olho, que possui células fotossensíveis na retina, e sua função é focalizar os raios de luz para formar a imagem que está diante dos nossos olhos, estes são formados por um conjunto de lentes que convergem os feixes luminosos, projetando-os na retina de “cabeça para baixo”, e suas células fotorreceptoras interpretam os sinais, reinvertendo a imagem, tais células são chamadas de cones e bastonetes, estes últimos são responsáveis pela percepção das formas, e os cones, por sua vez, se relacionam com a percepção das cores.

A observação também é um método usado em pesquisa científica para estudar certos fenômenos durante um período de tempo, obtendo dados e informações verificáveis. Esta observação científica ou estruturada se baseia em uma metodologia e um procedimento específico para analisar e investigar um problema.

A observação semiestruturada tem um planejamento prévio ou intenção de investigar, se baseando apenas na observação.

Já a observação simples ou não estruturada, ou assistemática, surge sem intenção e aleatoriamente, embora alguns dados ou informações sejam sempre obtidos a respeito do que se observa. Neste caso, o observador é mero expectador.

Energeticamente, o observador é parte inseparável do objeto observado. Por meio da observação temos uma imagem da realidade em um determinado tempo e espaço. E entre o tempo e o espaço existe um intervalo chamado “espaço de silêncio”.

Aqui se inicia a primeira etapa do exercício: escolha um objeto e observe atenta e cuidadosamente suas características físicas neste "espaço de silêncio" - não consideraremos a observação psicológica nem filosófica neste momento.

COMO EU DESCREVO?

A descrição explica como são os seres, os objetos ou os lugares, apresentando-os por meio das palavras, de forma que quem não os conhece possa imaginar com facilidade o que está sendo descrito.

Toda descrição deve ser exata e expressiva, mostrando as qualidades ou características do que está sendo descrito, por isso é preciso observar minuciosamente a realidade que se quer descrever, selecionar os traços que a definem e descrever de forma ordenada seguindo um critério preciso: de cima para baixo, da esquerda para a direita, do primeiro plano ao fundo.

Aqui começamos a segunda etapa do exercício proposto: descreva objetivamente as características físicas do objeto escolhido transmitindo essas informações - não consideraremos a descrição subjetiva ou psicológica neste momento, portanto, não acrescente suas sensações, seus comentários ou opiniões, nem juízo de valor ou impressões subjetivas em relação ao objeto.

É um retrato falado ou verbal: uma fotografia revelada por meio de palavras.

QUAIS SÃO OS MEUS PASSOS?

1 - Observação minuciosa do objeto a ser descrito.

2 – Seleção dos traços que caracterizam o objeto: sua forma, seu peso, sua cor, sua textura, suas dimensões (altura, comprimento, largura e profundidade), sua constituição, sua função e como funciona.

3 – Definição do critério da disposição dos elementos que caracterizam o objeto: de cima para baixo, da esquerda para a direita, do primeiro plano ao fundo.

4 – Redação da descrição com exatidão e expressividade. Na introdução, informe o objeto descrito e seus aspectos gerais; no desenvolvimento, descreva em detalhes suas características físicas numa ordem coerente; e, por fim, na conclusão, escreva um apanhado geral da descrição, salientando a característica mais marcante.

REFLITA!

COMO EU OBSERVO FISICAMENTE AS PESSOAS QUE EU AMO? COMO EU AS DESCREVO?

Se você percebeu que seu olhar é desatento, sua observação é superficial e sua descrição é pobre, exercite-os.

Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801