QUEM EU SOU?

SP . Semana 9 . 09/22

MINHA VIDA SERÁ UM CONTO COM FINAL FELIZ!

QUAL É A MINHA HISTÓRIA FAVORITA?

“Embora os contos de fadas [e histórias] terminem logo depois da décima página, o mesmo não acontece em nossa vida. Somos coleções com vários volumes. Em nossa vida, ainda que um episódio possa terminar mal, sempre há outro à nossa espera e depois desse, mais outro. Sempre há novas oportunidades para consertar o estrago, para moldar nossa vida... Não perca tempo odiando o insucesso. O insucesso é um mestre... Escute [ou leia]. Aprenda. Continue. Essa é a essência de todo conto [ou história]. Quando prestamos atenção a essas mensagens do passado, aprendemos que há padrões desastrosos, mas também aprendemos a prosseguir com a energia de quem percebe as armadilhas, jaulas e iscas antes de depararmos com elas ou de sermos nelas ou por elas capturados.

Desde a descoberta do fogo, os seres humanos se sentem atraídos pelos contos místicos porque apontam para um fato importante: embora a alma em sua viagem possa tropeçar ou se perder, no  fim ela reencontrará seu coração, sua natureza divina, sua força, seu caminho para Deus em meio à floresta sombria – ainda que leve vários episódios ou “dois passos à frente e um atrás” para descobri-los e recuperá-los.

Quer entendamos um conto de fadas [ou história] cultural, cognitiva ou espiritualmente – ou de outras maneiras – resta uma certeza: eles sobreviveram à agressão e à opressão políticas, à ascensão e à queda de civilizações, aos massacres de gerações e vastas migrações por terra e mar.” (Clarissa Pinkola Estés )


O QUE A HISTÓRIA ME ENSINA? O QUE EU APRENDO?

Quando os homens come­ça­ram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nas­ceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram esposas entre elas.

O Se­nhor então disse: “Meu espírito não perma­necerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos”.

Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados dos tempos antigos. O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal. O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: “Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves do céu, porque eu me arrependo de tê-los criado”. Noé, entretanto, encontrou graça aos olhos do Senhor.


A HISTÓRIA DE NOÉ

Esta é a história de Noé: Noé era um homem justo e perfeito no meio dos homens de sua geração. Ele andava com Deus. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé.

A terra corrompia-se diante de Deus e enchia-se de violência. Deus olhou para a terra e viu que ela estava corrompida: toda a criatura seguia na ter­ra o caminho da corrupção.

Então Deus disse a Noé: “Eis chegado o fim de toda a criatura diante de mim, pois eles encheram a terra de violência. Vou exterminá-los juntamente com a terra. Faze para ti uma arca de madeira resinosa: divide-a em compartimentos e a untarás de betume por dentro e por fora. E eis como a farás: seu comprimento será de trezentos côvados, sua largura de cinquenta côvados e sua altura de trinta. Farás no alto da arca uma abertura com a dimensão de um côvado. Porás a porta da arca a um lado, e cons­truirás três andares de compartimentos. Eis que vou fazer cair o dilúvio sobre a terra, uma inundação que exterminará todo ser que tenha sopro de vida debaixo do céu. Tudo que está sobre a terra morrerá. Mas farei aliança contigo: entrarás na arca com teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de cada espécie de animais, farás entrar na arca dois, macho e fêmea, para que vivam contigo. De cada espécie de aves, e de cada espécie de quadrúpedes, e de cada espécie de animais que se arrastam sobre a terra, entrará um casal contigo, para que lhes possas conservar a vida. Tomarás também contigo de todas as coisas para comer, e as armazenará para que te sirvam de alimento, a ti e aos animais”.


Noé obedeceu, e fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado.


O Senhor disse a Noé: “Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque te reconheci justo diante dos meus olhos, entre os de tua geração. De todos os animais puros tomarás sete casais, machos e fêmeas, e de todos os animais impuros tomarás um casal, macho e fêmea; das aves do céu igualmente sete casais, machos e fêmeas, para que se conserve viva a raça sobre a face de toda a terra. Dentro de sete dias farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da superfície da terra todos os seres que eu fiz”.


Noé fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado. Noé tinha seiscentos anos quando veio o dilúvio sobre a terra. Para escapar à inundação, entrou na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. Dos animais puros e impuros, das aves e de tudo que se arrasta sobre a terra, entraram na arca com Noé um casal macho e fêmea, como o Senhor tinha ordenado a Noé. Passados os sete dias, as águas do dilúvio precipitaram-se sobre a terra. No ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no décimo sétimo dia do mês, romperam-se naquele dia todas as fontes do grande abismo, e abriram-se as barreiras do céu. A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. Naquele mesmo dia, entrou Noé na arca, com Sem, Cam e Jafé, seus filhos, sua mulher e as três mulheres de seus fi­lhos; e com eles os animais selvagens de toda a espécie, os animais domésticos de toda a espécie, os répteis de toda a espécie que se arrastavam sobre a terra, e tudo o que voa, de toda a espécie, todas as aves e tudo o que tem asas. De cada espécie que tem um sopro de vida um casal entrou na arca com Noé. Eles chegavam, macho e fêmea, de cada espécie. Como Deus tinha ordenado a Noé. E o Senhor fechou a porta atrás dele. O dilúvio caiu sobre a terra durante quarenta dias. As águas incharam e levantaram a arca, que foi elevada acima da terra. As águas inundaram tudo com violência, e cobriram toda a terra, e a arca flutuava na superfície das águas. As águas engrossaram prodigiosamente sobre a terra, e cobriram todos os altos montes que existem debaixo do céu; e elevaram-se quinze côvados acima dos montes que cobriam. Todas as criaturas que se moviam na terra foram exterminadas: aves, animais domésticos, feras selvagens e tudo o que se arrasta na terra, e todos os homens. Tudo o que respira e tem um sopro de vida sobre a terra pereceu. Assim foram exterminados todos os seres que se encontravam sobre a face da terra, desde os homens até os quadrúpedes, tanto os répteis como as aves do céu, tudo foi exterminado da terra. Só Noé ficou e o que se encontrava com ele na arca. As águas cobriram a terra pelo espaço de cento e cinquenta dias.


Ora, Deus lembrou-se de Noé e de todos os animais selvagens e de todos os animais domésticos que estavam com ele na arca. Fez soprar um vento sobre a terra, e as águas baixaram. As fontes do abismo fecharam-se, assim como as barreiras do céu, e foram retidas as chuvas. As águas foram se retirando progressivamente da terra; e começaram a baixar depois de cento e cinquenta dias. No sétimo mês, no décimo sétimo dia do mês, a arca parou sobre as montanhas do Ararat. Entretanto, as águas iam dimi­nuin­do pouco a pouco até o décimo mês; e no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes das montanhas. No fim de quarenta dias, abriu Noé a janela que tinha feito na arca e deixou sair um corvo, o qual, saindo, voava de um lado para outro, até que aparecesse a terra seca. Soltou também uma pomba, para ver se as águas teriam já diminuído na face da terra. A pomba, porém, não encon­trando onde pousar, voltou para junto dele na arca, porque havia ainda água na face da terra. Noé esten­deu a mão, e tendo-a tomado, recolheu-a na arca. Esperou mais sete dias, e soltou de novo a pomba fora da arca. E eis que pela tarde ela voltou, trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Assim Noé compreendeu que as águas tinham baixado sobre a terra. Esperou ainda sete dias, e soltou a pomba que desta vez não mais voltou. No ano seiscentos e um, no pri­mei­ro mês, no primeiro dia do mês, as águas se tinham secado sobre a terra. Noé descobriu o teto da arca, olhou e viu que a superfície do solo estava seca. No segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês, a terra estava seca.


Então Deus falou a Noé: “Sai da arca, com tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos. Faze sair igualmente contigo todos os animais que estão contigo de todas as espécies: aves, quadrúpedes, répteis diversos que se arrastam sobre a terra; faze-os sair contigo para que se espalhem sobre a terra e para que cresçam e se multipliquem sobre a terra”.


Noé saiu com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus fi­lhos. Todos os animais selva­gens, todos os répteis, todas as aves, todos os seres que se movem sobre a terra saíram da arca segundo suas espécies. E Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.

O Senhor respirou um agradável odor, e disse em seu coração: “Doravante, não mais amaldiçoarei a terra por causa do homem – porque os pensamentos do seu coração são maus desde a sua juventude –, e não ferirei mais todos os seres vivos, como o fiz. Enquanto durar a terra, não mais cessarão a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o verão e o inverno, o dia e a noite”.
Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos – disse-lhes ele – multiplicai-vos e enchei a terra. Vós sereis objeto de temor e de espanto para todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se arrasta sobre o solo e todos os peixes do mar: eles vos são entre­gues nas mãos. Tudo o que se move e vive vos servirá de alimento; eu vos dou tudo isto, como vos dei a erva verde. Somente não comereis carne com a sua alma, com sangue. Eu pedirei conta de vosso sangue, por causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem (que matar) o seu irmão, pedirei conta da alma do homem. Todo aquele que derramar o sangue humano terá seu próprio sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua imagem. Sede, pois, fecundos e multiplicai-vos, e espalhai-vos sobre a terra abundantemente”.


Disse também Deus a Noé e a seus filhos: “Vou fazer uma aliança convosco e com vossa posteridade, assim como com todos os seres vivos que estão convosco: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, desde todos aqueles que saíram da arca até todo animal da terra. Faço esta aliança convosco: ne­nhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”.

Deus disse: “Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras. Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda a espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura. Quando eu vir o arco nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que estão sobre a terra”. Dirigindo-se a Noé, Deus acrescentou: “Este é o sinal da aliança que faço entre mim e todas as criaturas que estão na terra”.


Os filhos de Noé que saíram da arca eram Sem, Cam e Jafé. Cam era o pai de Canaã. Estes eram os três filhos de Noé. É por eles que foi povoada toda a terra. Noé, que era agricultor, plantou uma vinha. Tendo bebido vinho, embriagou-se, e apareceu nu no meio de sua tenda. Cam, o pai de Canaã vendo a nudez de seu pai, saiu e foi contá-lo aos seus irmãos. Mas, Sem e Jafé, tomando uma capa, puseram-na sobre os seus ombros e foram cobrir a nudez de seu pai, andando de costas; e não viram a nudez de seu pai, pois que tinham os seus rostos voltados. Quando Noé despertou de sua embriaguez, soube o que lhe tinha feito o seu filho mais novo.

“Maldito seja Canaã – disse ele – que ele seja o último dos escravos de seus irmãos!” E acrescentou : “Bendito seja o Senhor Deus de Sem, e Canaã seja seu escravo! Que Deus prospere a Jafé; e este habite nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo!” Noé viveu ainda depois do dilúvio trezentos e cinquenta anos. A duração total da vida de Noé foi de novecentos e cinquenta anos; e morreu. (Gênesis – Bíblia Ave Maria)



SIMBOLOGIA: A ARCA DE NOÉ

O simbolismo da arca, e o da navegação em geral, comporta diversos aspectos interligados em seu conjunto. Dentre eles, o mais conhecido é o da Arca de Noé a navegar sobre as águas do dilúvio, contendo todos os elementos necessários à restauração cíclica. A arca está pousada na superfície das águas, tal como o ovo do mundo, como o primeiro germe vivificante, escreve São Martinho. Guénon salientou a importância da complementaridade da arca e do arco-íris que aparece por cima dela como sinal de aliança. Trata-se de dois símbolos análogos porém inversos – um relativo ao domínio das águas inferiores, e o outro, ao das águas superiores – que se complementam para reconstruir uma circunferência: a unidade do ciclo.

Na tradição cristã, a Arca é um dos símbolos mais ricos: símbolo da morada protegida por Deus (Noé) e salvaguarda das espécies: símbolo da presença de Deus em meio ao povo de sua escolha; uma espécie de santuário móvel, garantindo a aliança entre Deus e seu povo; finalmente, símbolo da Igreja.

A arca misteriosa é figurada pelo coração do homem - tratado De arca Noe morali et De arca mystica, Hugues de Saint-Victor. O coração do homem é onde opera a transmutação do humano em divino.

A arca também é símbolo do cofre do tesouro: de conhecimento e de vida. É princípio de conservação e de renascimento dos seres. (Dicionário de símbolos, de Jean Chevalier & Alain Gheerbrant)


SIMBOLOGIA: A ÁGUA

As significações simbólicas da água podem reduzir-se a três temas dominantes: fonte de vida, meio de purificação, centro de regenerescência. Nas tradições judaica e cristã, a água simboliza, em primeiro lugar, a origem da criação. Todavia, a água, como, aliás, todos os símbolos, pode ser encarada em dois planos rigorosamente opostos, embora de nenhum modo irredutíveis, e essa ambivalência se situa em todos os níveis - a água é fonte de vida e fonte de morte, criadora e destruidora. (Dicionário de símbolos, de Jean Chevalier & Alain Gheerbrant)



REFLITA!

MINHAS ASCENSÕES...

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DOS MEUS APRENDIZADOS NA VIDA?


MINHAS LIÇÕES...

O QUE APRENDO COM AS MINHAS QUEDAS?


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O QUANTO EU MELHORO A CADA CICLO DE ASCENSÃO E QUEDA NA VIDA?


Se você não conseguiu responder a uma ou mais questões, continue a praticar a autopercepção e reflexão.




Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801


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