QUEM EU SOU?

SP . Semana 13 . 10/22

SUJO(A) E MAL CHEIROSO(A): LEQUE E PERFUME...

A palavra higiene vem do grego hygéia que significa "sã" ou "sadio" e surgiu na língua portuguesa do grego hygeinos que significa "o que é saudável", Hygéia também é o nome da deusa grega da saúde, filha do deus da medicina, Asklepios (Esculápio para os romanos). A higiene corporal faz parte da higiene pessoal diária: limpeza, asseio, assepsia e conservação do bem-estar e saúde do corpo humano.


Para as crianças, além dos benefícios à saúde, ajuda a criar uma relação saudável consigo mesma, pode fortalecer a autoconfiança e a sensação de bem-estar com a realização dos cuidados a partir do reforço de seus aspectos positivos para a saúde e, ao se atentarem e interagirem com o próprio corpo, conseguem entender o espaço que ocupam e como ocorrem suas movimentações, desenvolvendo a consciência corporal.


Cada um de nós quer estar bem consigo mesmo e integramos a higiene em praticamente todos os aspectos da nossa aparência, como o banho, a lavagem dos cabelos, a limpeza dos dentes, a lavagem das mãos e do rosto, a limpeza das unhas, a depilação e a barba, as roupas e os calçados, a maquilagem. A origem com os cuidados pessoais e a preocupação com a aparência vem desde a pré-história e antiguidade pela estética, saúde e sobrevivência.


Nesta postagem, me atenho, principalmente, ao banho. Proponho um exercício usado por atores e atrizes: imaginar-se vivendo às épocas mencionadas a seguir, agindo, manuseando e usando os objetos, pensando e percebendo suas sensações.



A HUMANIDADE MELHORA COM O PASSAR DOS SÉCULOS, CORRETO?  NEM SEMPRE!

Ao longo da História, o banho foi considerado sagrado, profano, receita de saúde, causador de doenças e mortes, luxo, ritual de purificação religiosa e de celebração.


Para os egípcios, há cerca de 3.000 anos, tomar banho era sagrado e purificava o espírito, tal crença valia para a realeza e os pobres e, parece que há registros de que tomavam três banhos ao dia, usavam águas perfumadas, pomadas, cinzas, bicarbonato de sódio, argila, óleo de rícino, hortelã e orégano. Os hebreus usavam óleos e pomadas de aloe, canela, tuberosa, açafrão e mirra.


Na Grécia, os banhos faziam parte dos intervalos da realização de banquetes, isto é, sessão de banhos para os convidados. Tomavam banhos por prazer e para ter uma vida saudável, motivados pela higiene, espiritualidade e práticas desportivas, os médicos aconselhavam o uso de óleos na água para untar o corpo antes das pessoas se secarem. O contato com a água era parte da educação dos jovens, pois a pessoa bem ensinada dominava a leitura e a natação. Na ilha de Creta, os palácios de 1.700 a.C. a 1.200 a.C. apresentam avançadas técnicas de distribuição da água. Os gregos iniciaram a prática dos banhos públicos no Ocidente, mas os pioneiros foram os babilônios.


Para os romanos, o banho era um evento em termas públicas com saunas, piscinas e vestiários, onde todos relaxavam e conviviam com os semelhantes; algumas termas também tinham bibliotecas, jardins e restaurantes. O costume era comum à todos: boêmios, prostitutas, imperadores, filósofos, políticos, velhos e crianças, todos se banhavam no mesmo espaço, sem constrangimento.


Os greco-romanos limpavam o corpo com argila, areia, pedra-pomes, espátula de metal, óleo e cinzas. Os espaços sanitários públicos eram bancos conjuntos sem compartimentos individuais e, em frente, passava um córrego ou uma vala de água para os usuários fazerem as suas lavagens. Há relatos de que as antigas civilizações usavam alguns tipos de fraldas confeccionadas com musgo e pele de coelho para os bebês.


Nos países turco-árabes, as luxuosas casas de banho dispunham de sessões de massagens, maquilagem, depilação, branqueamento dos dentes etc.


Na Idade Média e começo da Idade Moderna, escovas de dentes e papel higiênico ainda não haviam sido inventados. Diferentemente dos povos orientais, no Ocidente, manter-se limpo não era um costume popular, principalmente, em regiões frias e no inverno (sem chuveiro com água quente), além disso, se dizia que a água “amolecia” a alma e que a água quente dilatava os poros da pele, facilitando a entrada de doenças no corpo. Usava-se a roupa limpa até ficar suja, pois se acreditava que ela absorvia a sujeira, e muitas vezes a roupa não era lavada, apenas sacudida e carregada de perfume, assim como nos corpos e cabelos, para disfarçar a sujeira e amenizar o mau cheiro. Os banhos eram tomados quase sempre em uma única banheira ou barril com água quente. O chefe da família tomava o primeiro banho em água limpa e depois, sem trocar a água, os demais membros familiares. Era uma atividade escassa, praticamente anual, e os asseios diários eram feitos com panos úmidos. No final da Idade Média, com o advento das Cruzadas entre os séculos XI e XIII, o hábito do banho começou a se expandir para a Europa. A privação de água durou até o século XVIII, quando se provou definitivamente que as doenças não se originavam do banho, mas da falta dele. As descobertas do cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) basearam a introdução das noções de higiene e prevenção no século XIX.


Antes do sabão, muitas pessoas ao redor do mundo usavam água pura com areia e lama como esfoliantes. Na antiguidade, se misturava substâncias alcalinas, como cinza de madeira e carvão, que interagiam com óleos e graxas para formar uma substância ensaboada. Durante a Primeira Guerra Mundial, os materiais para fazer sabão eram escassos, então, o cientista alemão Otto Rohm criou os sabonetes a partir de derivados do petróleo - os “detergentes sintéticos”.


A popularização do banho no Ocidente aconteceu a partir da década de 1930 e, nessa época, a lavagem do corpo era realizada uma vez por semana. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o processo de reconstrução das casas permitiu que os chuveiros com água quente e os banheiros fossem disseminados pela Europa. A guerra também contribuiu para o surgimento das fraldas descartáveis devido à escassez de algodão, matéria-prima para o tecido das fraldas de pano.


No Brasil, os povos indígenas costumavam se banhar frequentemente em rios, lagoas e cachoeiras, e tal prática foi observada pelos europeus.


Atualmente, o banho é um ato individual de se preparar para a exposição pública e ainda é fundamental para que os outros tenham uma boa impressão de nós.


REFLITA!

EU NÃO GOSTO OU ODEIO O MUNDO ATUAL?


ESTOU INFELIZ PORQUE ACHO O MUNDO DIFÍCIL?


EU ACHO QUE A VIDA, NO PASSADO DISTANTE, ERA MELHOR? OU QUE O MUNDO ATUAL É RUIM?




Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801


Tags

higiene banho asseio aparência