QUEM EU SOU?
SP . Semana 38 . 06/23
ENTRE O BEM E O MAL, EU ESCOLHO O MAL?
O MAL QUE EU NÃO QUIS FAZER OU O MAL CONSCIENTE?
O termo mal se origina do latim male que significa de modo irregular, ruim; diversamente do que convém ou do que se desejaria; o que é mau, ilícito e não é recomendável; qualidade negativa ou prejudicial; desgraça; o que desabona; conjunto de malefícios ou de coisas que provocam consequências negativas - danos, prejuízos; lesão; ofensa; de forma indevida, inconveniente ou desapropriada; de forma imperfeita ou defeituosa ou rude ou desfavorável; de maneira que desagrada ou não satisfaz; com pouca saúde ou com a saúde em perigo; tragédia ou doença; com pouca precisão ou certeza; de modo ligeiro ou em grau baixo; contrário ao bem; o que é reprovável; contrário à virtude ou à honra; modo de agir ruim; aquilo que causa prejuízo ou machuca; sem perfeição; nome dado ao Diabo - geralmente usado em letras maiúsculas. (dicionários Priberam e Online)
Segundo Santo Tomás de Aquino, a palavra mal exprime a ausência do bem e o bem é tudo o que é apetível, portanto, buscando toda natureza do ser e a sua perfeição resulta em bondade. Há seres humanos de bondade deficiente e que às vezes vão para o mal, pois, a essência do mal consiste na deficiência do bem. Todo mal se transvia da ação perfeita e, sendo voluntário, implica em culpa e é digno de pena ou penitência. A culpa nos torna maus, porém a pena ou penitência não é mal, é se fazer digno dela.
O primeiro princípio do bem é o sumo e perfeito bem que pré-encerra em si toda bondade. Porém, não pode haver um sumo mal, pois embora o mal sempre diminua o bem, nunca pode consumi-lo totalmente e, portanto, sempre há o bem remanescente, logo, nada pode ser na íntegra e perfeitamente mau. O mal integral se destruirá a si mesmo, pois destruído todo o bem - que é exigido para haver a integridade do mal - elimina-se também o próprio mal.
O bem ou o mal que faz à outra pessoa redunda em bem ou mal de toda a sociedade, portanto, quem age em benefício ou detrimento de uma pessoa (ou de si mesmo(a)) se torna duplamente digno de mérito ou demérito, por lhe ser devida a retribuição pela pessoa beneficiada ou ofendida, respectivamente, e por parte de toda a sociedade.
A essência do bem é a plenitude do ser, a quem lhe faltar a plenitude que lhe é devida, não será considerado(a) bom(a) de forma absoluta enquanto ser, ou seja, o bem e o mal das ações e das demais coisas depende da plenitude ou da deficiência do ser.
A bondade e a malícia dos atos humanos ou morais são relativos à razão, pois o bem do ser humano consiste em ser conforme à razão, e o mal, o contrário. O bem de uma coisa é o que lhe convém formalmente, e o mal, o que lhe contraria a ordem formal.
FALANDO NO DIABO...
Etimologicamente, diabo vem do latim diabolus que significa demônio, entidade intrigante, espírito da mentira ou entidade maligna; se de origem grega diabolos, significa acusador, aquele que engana. Segundo os dicionários, é cada um dos anjos maus; Satanás; gênio do mal ou das trevas, espírito maligno, do mal ou das trevas; anjo do mal ou das trevas; demônio; belial; excomungado; arrenegado; belzebu; capeta; demo; diacho; coisa-ruim; dragão; droga; tinhoso; maldito; malvado; mau; pai da mentira ou do mal; espírito de porco; príncipe das trevas; rabudo; cramunhão; chifrudo; besta; danado; traquinas; travesso; amaldiçoado; satã; serpente infernal ou maldita; anjo caído ou maldito; Lúcifer; anjo rebelde que, segundo a religião cristã, foi expulso do paraíso ou céu e lançado ao abismo ou inferno; o Mal - geralmente usado em letras maiúsculas. (dicionários Priberam, Online, Informal e Michaelis)
Nas tradições herméticas, Satanás é outro nome para Saturno; tanto os egípcios como os gregos se referiam a seres demoníacos - na mitologia grega, Hades é o deus dos abismos profundos da morte no interior da terra; e nas culturas orientais, todas as criaturas místicas ou espirituais eram consideradas demônios. A palavra demônio vem do grego daimónion que significa o que distribui, que divide; divindidade; espírito do mal; no latim, vem do termo daemonium. São referidos nas religiões e em manifestações culturais como, no cinema, em O exorcista, e, na literatura, em Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe, e na Divina comédia, de Dante Alighieri - aqui, uma síntese da primeira parte, Inferno - para citar alguns.
Nas religiões cristã, judaica e islâmica, o Mal é um ser que se opõe a Deus - seres sobrenaturais maléficos que estão entre o ser humano e Deus, ou deuses no caso da mitologia grega - ele, Satanás ou Lúcifer, se opõe e trabalha contra nós ou nos persegue, na tentativa de nos derrotar espiritual e moralmente.
Os anjos são puro espírito com dons superiores aos concedidos aos seres humanos e, criados por Deus, são naturalmente bons, pois Deus é bom, santo e justo, ou seja, de Deus não pode vir qualquer mal moral - que é a transgressão da Lei de Deus: expressão da natureza e do caráter divino - diferentemente do mal temporal. Em outras palavras, o anjo caído denominado Satanás ou Lúcifer é uma criatura, não um deus mau, e, portanto, não tem igual paridade com Deus, pois anjo é uma criatura inferior à Ele, Deus. Sendo, os anjos, seres racionais com consciência e conhecimento, são capazes de tomar decisões morais e serem responsáveis por elas; e usando do seu livre-arbítrio, num determinado momento, alguns deles escolheram e decidiram transgredir a Lei de Deus.
LUTA OU GUERRA ESPIRITUAL POR MEIO DA PALAVRA
Santo Tomás de Aquino sugere que Satanás ou Lúcifer teria se recusado a servir o Deus encarnado, Jesus Cristo, e convencido outros anjos por meio de mentiras. Houve uma batalha espiritual no céu em que São Miguel Arcanjo e seus anjos guerrearam contra o Dragão - a antiga serpente -, ou Satanás ou Lúcifer, que foi derrotado e expulso para a terra juntamente com seus anjos - os demônios -, lançados nos abismos do Tártaro à espera do Julgamento.
Deus não desejava que os seus anjos se perdessem e lhes mandou sua graça, porém, eles a recusaram. E Deus, respeitando a liberdade de suas criaturas, cessou de mandar a graça, a partir daí, eles se transformaram em Satanás ou Lúcifer e os seus demônios. A desobediência, isto é, o mal experiencial acarretou a irrevogabilidade do retorno de Satanás ou Lúcifer e seus demônios que foram tomados por um ódio extremo contra Deus e sua criação: nós, seres humanos. O plano é destruir a criação com a morte física e, principalmente, a morte espiritual, isto é, a perdição da alma. Os anjos pertencem a uma hierarquia angélica, portanto, transformados em demônios obedecem a uma hierarquia em que quanto maior o grau de ódio contra Deus, mais importante se é no inferno.
A lição para o ser humano é que Deus envia a cada um a sua graça, desejando que, livremente, cada um de nós escolha amá-Lo. Essa oportunidade se encerra com a morte, momento este em que o destino de cada ser humano é selado para toda a eternidade - cada um de nós é livre para escolher de que lado ficará.
Nota: escolher e decidir por viver e realizar o Bem independem de religião, um(a) ateu(ia) é capaz de fazer tal escolha na vida pelo uso da razão e base em seus valores morais aprendidos. Por exemplo: escolher e decidir não roubar.
REFLITA!
DIANTE DAS POSSIBILIDADES DE ESCOLHA E DECISÃO, EU COSTUMO "FICAR EM CIMA DO MURO"?
EU ACHO QUE AS MINHAS ESCOLHAS NÃO SÃO NEM BOAS NEM RUINS?
EU ACHO QUE AS MINHAS DECISÕES SÃO MAIS OU MENOS BOAS?
Se você respondeu sim à uma ou mais questões, saiba que não existe meio-termo: ou você é ou você não é...
Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801
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