QUEM EU SOU?

SP . Semana 41 . 06/23

DO TRIBUNAL À IGREJA

DA ADVOCACIA AO SACERDÓCIO

Afonso Maria de Ligório nasceu aos 27 de setembro de 1.696, na vila de Marianella, próximo à Nápoles, em uma família cristã, nobre e rica, filho primogênito de Don Giuseppe Ligório e de Ana Cavalieri, teve sete irmãos.

Em visita à família, quando Afonso era um bebê, o padre Francisco disse após olhá-lo por algum tempo: “Esta criança não morrerá antes de completar os noventa anos, será bispo e fará grandes coisas por Jesus Cristo”, deixando os pais profundamente reflexivos.


Afonso era um artista proficiente em música, pintura, poesia, literatura e gostava de frequentar o teatro. Dotado de uma inteligência privilegiada, aos 16 anos, obteve a licenciatura em direito civil e canônico. Advogado brilhante, durante oito anos venceu todas as causas que defendeu e examinava conscienciosamente os perigos e as responsabilidades do advogado antes de aceitar uma causa. Os clientes recorriam a ele por três motivos: sua sabedoria jurídica, os recebia com desinteresse e pela sua eloquência clara e persuasiva.

Ele já havia constatado a malícia, a mentira e o sofisma no ambiente jurídico. Sua última causa, que havia preparado diligentemente para defender o duque Orsini, foi perdida injustamente devido à ocorrência de suborno. Indignado pela corrupção e a injustiça no ambiente forense, abandonou a profissão, e consequentemente a riqueza e o sucesso, decidindo se tornar sacerdote apesar da oposição de seu pai.

Escreveu uma carta ao: "Amigo, nossa profissão é muito cheia de dificuldades e perigos; levamos uma vida infeliz e corremos o risco de morrermos infelizes. No meu caso, vou largar esta carreira, que não me serve; pois desejo assegurar a salvação da minha alma".


Em seus primeiros anos de sacerdócio, estava entre os mendigos e marginalizados de Nápoles e muitas pessoas pobres e modestas eram viciadas e criminosas. Pacientemente, as ensinava a rezar, encorajando-as a melhorar o seu estilo de vida. Alcançou resultados excelentes em bairros miseráveis e cresceram os grupos de pessoas que se reuniam a noite em casas e oficinas para rezar e meditar a Palavra de Deus sob a orientação de catequistas, as chamadas Capelas Noturnas gerenciadas por eles próprios e que posteriormente foram transferidas para as capelas. A educação moral, o restabelecimento social e a ajuda mútua entre os pobres resultaram no quase desaparecimento dos furtos, duelos e prostituição.

Os sermões de Afonso eram efetivos na conversão daqueles(as) que haviam abandonado a crença católica. Ele propõe uma síntese equilibrada e convincente entre as exigências da Lei de Deus, em nossos corações, e os dinamismos da consciência e da liberdade do ser humano que aderindo à verdade e ao bem, permitem o amadurecimento e a realização da pessoa.

No ano de 1.762, Afonso aceitou o convite do Papa para ser bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, onde serviu por treze anos. Após, ele se retirou para o convento dos Redentoristas por questões de saúde - sofria de artrite degenerativa deformante. Mas, não ficou parado, quase cego e paralítico, ele completou sua obra literária de cento e vinte livros e tratados sobre espiritualidade e teologia. Sua obra musical mais conhecida é o hino natalino Quanno nascetti ninno, traduzido para o italiano pelo papa Pio IX como Tu scendi dalle stelle - em português: Do céu estrelado vieste.

Afonso faleceu aos 91 anos em 1º de agosto de 1.787 na cidade de Salerno, Itália. À época, havia setenta e duas casas - Capelas Noturnas - em funcionamento com mais de dez mil participantes. Foi canonizado em 1.839 e foi declarado doutor da Igreja em 1.871.



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