QUEM EU SOU?
SP . Semana 47 . 08/23
O ECO NA ETERNIDADE
FERNANDO
Fernando de Buglioni nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1.195. Filho do nobre Martino de Buglioni e Maria Taveira, frequentou a escola da catedral e além de ter aprendido a ler, escrever e fazer contas, também se iniciou nas artes liberais do trivium: gramática, retórica e dialética, e do quadrivium: aritmética, música, geometria e astrologia (astronomia). Aos 15 anos, Fernando iniciou sua formação religiosa no Mosteiro de São Vicente de Fora, depois continuou seus estudos religiosos e filosóficos no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que deixaram traços psicológico e existencial profundos.
ANTÔNIO
Aos vinte e cinco anos, Fernando foi ordenado sacerdote e se juntou à ordem dos franciscanos, adotando o nome de Antônio, iniciou uma missão para o Marrocos, porém, após um ano, teve que voltar à sua terra natal devido a uma enfermidade - no caminho, os ventos levaram a embarcação para a Itália, onde permaneceu por algum tempo.
Frei Antônio tinha o dom da oratória e lecionou Teologia nas universidades de Bolonha, de Toulouse, de Montpellier e de Limoges. Atuou como Ministro Provincial em Milão e em Pádua de 1.227 a 1.230. Assistiu o traslado dos restos mortais de São Francisco, da Igreja de São Jorge para a nova basílica. Solicitou ao papa a dispensa de suas funções no cargo Provincial para se dedicar à pregação e contemplação. Mediou junto à prefeitura de Pádua um decreto que tornou menos cruel a condição daqueles que não conseguiam pagar suas dívidas. E devido à saúde precária, Frei Antônio se recolheu no convento de Arcella, próximo à Pádua, onde escreveu sermões para o domingo e os dias santificados.
ALGUNS MILAGRES
- Frei Antônio pregava aos hereges em Rimini, na Itália, e estes não quiseram escutá-lo. Então, Frei Antônio se dirigiu às margens do rio Marecchia e continuou pregando, os peixes se aproximaram e colocaram a cabeça para fora da água em atitude de escuta, impressionando os hereges que se converteram.
- Outro milagre de Frei Antônio foi salvar o pai que estava prestes a ser condenado à forca pelo homicídio de um rapaz, pois todas as suspeitas recaíam sobre ele. Ao pregar em Pádua, sentiu necessidade de estar presente em Lisboa, interrompeu o sermão permanecendo imóvel e, ao mesmo tempo, ele foi visto no júri convencendo os juízes à irem ao cemitério onde o rapaz morto foi ressuscitado pelo Frei para que afirmasse a inocência de seu pai, então, Frei Antônio voltou à Pádua e continuou sua pregação.
- Alguns hereges tentaram matar Frei Antônio por envenenamento, ao lhe colocarem um prato que continha veneno mortal. Deus lhe revelou a traição e o Frei calmamente repreendeu os hereges, estes lhe responderam que o prato tinha veneno para fazer uma experiência: “no Evangelho está escrito que Jesus Cristo disse aos seus discípulos que ainda que tomassem veneno mortal nenhum mal sofreriam, e estamos querendo saber se és de fato discípulo de Cristo”. Frei Antônio fez o sinal da cruz sobre aquele prato, o comeu e nada sofreu, deixando os hereges confusos e assombrados.
- Em Limoges, Frei Antônio havia começado o sermão em praça pública e os céus se escureceram com relâmpagos e trovões. Mas, o Frei pediu silêncio e, em nome de Deus, assegurou que não choveria no local, quando os fiéis se retiravam, verificaram que o local da pregação estava seco e todas as redondezas estavam alagadas pela tempestade.
- Frei Antônio apresentou a hóstia consagrada, diante dos incrédulos, ao jumento que quase não se aguentava em pé, por estar há três dias sem alimento, e disse: “Em virtude e em nome do teu Criador que, por mais que eu seja indigno, tenho nas minhas mãos, te ordeno: avança rapidamente com o devido respeito e rende homenagem ao Senhor para que os malvados e os hereges compreendam que todas as criaturas devem humilhar-se diante do Criador que está nas mãos dos sacerdotes sobre o altar”. O jumento rejeitou o feno oferecido pelo seu dono, se aproximou diante da hóstia e dobrou as patas dianteiras em reverência.
- Frei Antônio, muito cansado, encontrou no caminho um carroceiro que levava um homem adormecido. O Frei lhe pediu que levasse alguns víveres que havia recebido de esmola para o sustento da comunidade. O carroceiro lhe disse que estava conduzindo um defunto na carroça, então, Frei Antônio rezou pelo descanso eterno da alma do falecido e continuou seu caminho. Mais tarde, o carroceiro foi acordar o amigo adormecido e o encontrou realmente morto. Confuso e arrependido, foi ao encontro de Frei Antônio e lhe pediu perdão. Compadecido, Frei Antônio se aproximou da carroça, orou e fez o sinal da cruz sobre o falecido, ressuscitando-o.
- O soldado Aleardino havia perdido a fé e chegou à Pádua no dia do enterro de Frei Antônio. Em sua incredulidade, segurou um copo de vidro e disse: “Se este copo ficar inteiro depois que eu o atirar àquelas pedras, acreditarei que esse padre faz milagres”. E atirou o copo com toda a força, mas ele não se partiu. Contou ao amigo que o ouviu rindo e lhe respondeu: “Não acredito no que dizes. O que estás dizendo é tão impossível como aquela videira sem frutos, de repente, ficar carregada de ramos e cachos, e nós, com suas uvas, fazermos vinho para encher teu copo milagroso!” Então, a videira se encheu de folhas e cachos de uvas, que, espremidas por Aleardino, encheram o copo. Esse copo ainda se conserva no relicário da Basílica de Santo Antônio, em Pádua.
Frei Antônio faleceu no convento de Santa Maria de Arcella em Pádua, Itália, a 13 de junho de 1.231, aos trinta e seis anos e foi sepultado na Igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Foi canonizado pelo Papa Gregório IX em 30 de maio de 1.232 e, em 1.263, seu corpo foi exumado - sua língua estava intacta - e seus restos mortais foram levados para a Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída em sua memória. Em 1.934, foi declarado Padroeiro de Portugal. No Brasil, Santo Antônio de Pádua ou Santo Antônio de Lisboa é conhecido como Santo Casamenteiro, sendo o dia dos namorados comemorado em 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio.
REFLITA!
EU AJO DIANTE DE DEUS? EU AJO DIANTE DE QUEM?
O QUE EU FAÇO FAZ DIFERENÇA NA ETERNIDADE?
O QUE DEUS PENSARÁ DE MIM?
Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801