Artista: pintor dinamarquês Carl Heinrich Bloch
Arte sacra . ano 1.873
Por quase dez séculos do Cristianismo, a Ressurreição na arte era uma representação simbólica da vitória de Cristo sobre a morte. Posteriormente, artistas passaram a registrar as cenas descritas nos Evangelhos.
A história conta o retorno à vida de Jesus Cristo ao terceiro dia depois de ser crucificado, morto e sepultado. A sexta-feira santa é o dia da crucificação e o domingo, o renascimento.
A palavra ressurreição significa: ato de ressurgir, vida nova, renovação, reparação (dicionário Priberam); e ainda erguer ou levantar.
Há uma mensagem de esperança ligada à história da cruz - a vida terrena é passageira - nos apegamos à vida terrena e se pensamos em deixá-la, nos desesperamos, mas na realidade estamos de passagem aqui.
A ressurreição nos dá esperança, pois Deus ama a humanidade e tem um plano melhor para ela. É uma mensagem de um novo tempo pela frente em que podemos aprender sobre recomeçar - uma nova vida, uma nova história ou biografia.
Na Ciência Humana, a principal mensagem do retorno à vida de Jesus é a transcendência dele. Há um aprendizado com essa história para os tempos atuais: ela nos ensina a nos superarmos, a passar pelas provações, pelas dores e entender a nossa humanidade. Temos lições a aprender e experiências a vivenciar como, a ternura, o amor, a paciência, a bondade, a generosidade, a felicidade, a alegria, a tristeza, a decepção, a dor, a humildade, o equilíbrio, a disposição, a prudência, a justiça, a força e as limitações físicas, nos preparando para a eternidade. O corpo mortal é parte do plano de Deus e sua intenção é que nos tornemos semelhantes à Ele - tem um significado e propósito reais.
No primeiro dia da semana, Domingo de Páscoa, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, de madrugada quando ainda estava escuro e viu que a pedra havia sido retirada do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão, Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: "Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram". Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Os anjos perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela respondeu: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram". Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" Pensando que era o jardineiro, Maria disse: "Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar". Então Jeus disse: "Maria!" Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabunni" - quer dizer Mestre. Jesus disse: "Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que Jesus lhe tinha dito. (Jo 20, 1-2.11-18)
Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: "A paz esteja convosco!" Espantados e temerosos, pensaram ver um espírito. Mas Jesus disse: "Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho". E mostrou-lhe as mãos e os pés. E apesar da alegria, ainda surpresos não podiam acreditar, Jesus disse-lhes: "Tendes o que comer?" Ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado. Comeu-o diante deles. Aos apóstolos amedrontados, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: "Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir".
Jesus ressuscitado apareceu à Madalena, aos discípulos de Emaús, aos apóstolos no Cenáculo, no Lago de Genezaré, no Monte na Galileia - segundo São Paulo, apareceu à mais de 500 pessoas - e à Tiago.