JOANA D'ARC, direção de Victor Fleming

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Filme lançado em 1.948 no gênero drama biográfico. Roteiro de Maxwell Anderson baseado na peça de Joan of Lorraine, de sua própria autoria. Último filme dirigido por Victor Fleming que faleceu após dois meses do seu lançamento.


“DEUS NÃO ESCOLHE OS CAPACITADOS, MAS CAPACITA OS ESCOLHIDOS"

Para a sociedade francesa da época, Joana era apenas uma jovem camponesa, criada em uma família católica, mas para Deus ela era a escolhida para liderar os exércitos no campo de batalha em favor da França. Quando Joana nasce, em 1.412, existia um papa e dois antipapas - com esta dilaceração interna da Igreja, ocorriam guerras entre os povos cristãos da Europa, dentre as quais a Guerra dos cem anos entre França e Inglaterra.

A compreensão e o compromisso de Joana diante do sofrimento de seu povo se intensificaram a partir do seu relacionamento profundo com Deus. Um dos aspectos da sua santidade é a ligação entre experiência mística e missão política. Após os anos escondida e de maturidade interior, seguem dois anos intensos da sua vida pública, em 1.429, Joana inicia a sua obra de libertação. Os testemunhos nos mostram uma mulher de dezessete anos forte e decidida, capaz de convencer homens inseguros e desencorajados. 

Seu julgamento injusto foi presidido por dois juízes eclesiásticos, o bispo Pierre Cauchon e o inquisidor Jean le Maistre, mas na realidade foi conduzido por um grupo de teólogos da Universidade de Paris que participaram como assessores. Os eclesiásticos franceses de escolha política oposta àquela de Joana julgaram negativamente a sua pessoa e missão, e a condenaram à morte na fogueira como uma herege.

Diferentemente dos santos teólogos que haviam iluminado a Universidade de Paris, como são Boaventura, Santo Tomás de Aquino e o beato Duns Scoto, aos juízes teólogos de Joana, lhes faltou a caridade e a humildade de enxergar nela, a ação de Deus: "Vêm à mente as palavras de Jesus, segundo as quais os mistério de Deus são revelados a quem tem o coração dos pequeninos, enquanto permanecem escondidos aos inteligentes e sábios". Dessa forma, os juízes de Joana são incapazes de compreendê-la e de ver a beleza da sua alma - não sabiam que estavam condenando uma Santa.

O apelo de Joana ao juízo do papa, em 24 de maio, foi rejeitado pelo tribunal. Na manhã de 30 de maio, ela recebeu sua última santa Comunhão na prisão e foi conduzida ao suplício na praça do velho mercado. Ela pediu a um dos sacerdotes para segurar diante dela uma cruz de procissão e morreu olhando Jesus crucificado e pronunciando várias vezes em voz alta o nome de Jesus.

A libertação do seu povo é uma obra de justiça humana que Joana cumpre na caridade por amor a Jesus - neste amor, Joana encontra força de amar a Igreja até o fim e no momento da condenação. A sua vida é um exemplo de santidade para aqueles(as) comprometidos(as) na vida política, em especial, nas situações mais difíceis. (Papa Bento XVI - Audiência geral em 26 de janeiro de 2.011)



Cristina Syono | Psico-Arte-Fototerapia | WhatsApp +55 11 99624-6801

 

JOANA D'ARC, direção de Victor Fleming

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